O Ministério do Desenvolvimento Social planeja cancelar cerca de 101 000 benefícios ainda este ano. A iniciativa gera uma economia estimada em R$ 59 milhões para o programa .
Mudanças nas regras de permanência:
O foco está agora nas famílias em situação de pobreza extrema, ajustando as regras para quem teve aumento de renda.
Para permanecer no Bolsa mesmo com melhora na renda, a família recebia metade do benefício por um período transitório — mas este período foi reduzido:
Antes eram 2 anos; agora, apenas 1 ano de proteção.
Para pessoas com renda estável (aposentadoria, pensão ou BPC), a proteção caiu de 2 anos para apenas 2 meses .
Critérios de renda alterados:
O limite de renda para enquadrar-se nas regras de transição foi reduzido de R$ 759 para R$ 706 por pessoa .
Se, durante esse período, a renda voltar a ser inferior a R$ 218, a família volta a receber 100% do benefício.
Impacto mensal:
Só no mês de junho, estão previstos cerca de 15 403 cancelamentos, gerando economia de R$ 10,3 milhões.
De julho a dezembro, estimam-se ~7 700 desligamentos por mês, somando R$ 41,3 milhões ainda este ano .
A redução no tempo de permanência (temporária) começa a gerar efeitos em 2026 — mas até dezembro, já se espera uma economia adicional de R$ 17,6 milhões pelo ajuste na proteção para os de renda estável .
Objetivos do governo:
Reforçar o direcionamento dos recursos às famílias mais vulneráveis.
Lidar com cortes orçamentários: o Bolsa Família sofreu um contingenciamento de R$ 7,7 bi no orçamento de 2025 .
Diminuir a fila de espera ao liberar vagas para novos beneficiários .
Entre os participantes da “regra de proteção”, 90% aumentaram a renda via emprego formal.
A permanência média nesse mecanismo era de 8 meses, mas agora foi ajustada para 12 meses para cobrir o período necessário até o acesso ao seguro-desemprego .
Combate a fraudes e unipessoais:
O MDS também endureceu critérios para famílias “unipessoais” (com apenas um integrante), com exigência de cadastro presencial e limite de 16 % desses casos por município — técnica para evitar fraudes .
Conclusão:
O governo está usando alterações nos critérios de permanência e renda para reduzir gastos, priorizar quem mais precisa e evitar fraudes, prevendo o desligamento de cerca de 101 mil beneficiários em 2025, com economia de R$ 59 milhões.
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