Quadrilha presa em Itapipoca/CE, abriu mais de 3,2 mil contas e movimentou R$ 35 milhões em seis meses


A Polícia Civil do Ceará (PCCE) desarticulou, na terça-feira (23), em Itapipoca, um grupo criminoso envolvido em crimes de estelionato, falsa identidade, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Ao todo, teriam sido abertas mais de 3 mil contas a partir de documentos falsificados, o que teria gerado movimentação ilícita de R$ 35 milhões em seis meses. Durante a operação no município, foram cumpridos 81 mandados judiciais de busca e apreensão, prisão preventiva e de sequestro de bens. Na ofensiva, foram apreendidas seis armas de fogo, centenas de cartões bancários, 11 carros de luxo, uma motocicleta, joias e uma quantia de mais de R$ 50 mil. Dentre os carros apreendidos, há veículos de luxo como dois Chevrolet Camaro, dois Jeep Compass e duas Toyota Hilux.Os agentes também chegaram a 23 imóveis sequestrados e realizaram o bloqueio de contas bancárias dos suspeitos. De acordo com Ismael Araújo, titular da Delegacia de Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro (DCCLD), os materiais apreendidos foram avaliados em R$ 5,5 milhões.




O delegado geral da PCCE, considerou a operação como "exitosa e importante". "A gente consegue atingir o coração de uma organização criminosa, que é justamente na capacidade financeira", pontuou, indicando que os itens conseguidos na atividade são usados para fomentar e investir na prática de outros crimes. "A partir do momento em que a gente consegue descapitalizá-los, a gente consegue também desestruturá-los", acrescentou. Sérgio Pereira afirmou que será aberta representação por alienação antecipada dos bens apreendidos. "Serão colocados, com autorização judicial, em leilão, e terão valores revertidos em benefício do Estado e da população cearense".

INÍCIO DAS INVESTIGAÇÕES


A investigação se deu a partir de informação colhida pelo Departamento de Inteligência Policial (DIP), que percebeu indícios de lavagem de dinheiro e acionou a Polícia, afirmou o delegado Ismael Araújo. Sem detalhar as ações para evitar a ocorrência de mais atividades criminosas, o titular da DCCLD indicou que a prática criminosa se desenvolve há cerca de uma década.Os criminosos se valeram do não comparecimento de vítimas a bancos, em razão da pandemia de Covid-19, para tentar autenticar documentos falsificados por eles para a realização das práticas criminosas. O titular da delegacia acredita que o grupo não teve apoio de cartórios, pelos bens não parecem obtidos por associação criminosa.

FONTE: Diário do Nordeste


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